Reunião ocorreu entre lideranças da ONG Cultura Família Eucalipto e Rede Beija-Flor, representantes da Prefeitura de Santo André e pesquisadores do Centro.

O Centro de Estudos da Favela (CEFAVELA-Cepid/Fapesp) se reuniu nesta quarta-feira, 27 de agosto, com representantes das Secretarias de Desenvolvimento Urbano e Habitação e de Meio Ambiente da Prefeitura de Santo André, lideranças das ONGs Cultura Família Eucalipto e Rede Beija-Flor para discutir parceria futura para o desenvolvimento de ações que possam reduzir riscos na área do Jardim dos Eucaliptos, no Cata Preta, em Santo André, Região Metropolitana de São Paulo (RMSP). A área se localiza na borda do Parque do Pedroso, situado neste município, e é limite de área de manancial. Nela vivem cerca de 1.100 famílias.

Participaram da reunião as lideranças comunitárias Juvenildo Santos Moura e Adauto F. Silva, da Cultura Familiar Eucalipto; Fabiana Souza Ferreira e Marilena Nakano, e da Rede Beija-Flor. Por parte da prefeitura de Santo André, estiveram no encontro Edinilson Ferreira dos Santos, secretário de Meio Ambiente e Mudanças Climáticas; Marília Formoso Camargo, secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, acompanhada pelos técnicos assessores Roberta Rinardi Todesco e André Rodrigues da Silva. A vice-diretora Rosana Denaldi, e as pesquisadoras Luciana Ferrara e Ana Gabriela Akaishi, foram as representantes do CEFAVELA.

Desenvolvimento do Plano Comunitário de Redução de Riscos e Adaptação Climática

O debate na reunião focou a intenção da comunidade de apresentar proposta para Secretaria Nacional de Periferias, do Ministério das Cidades, para financiar o Plano Comunitário de Redução de Riscos e Adaptação Climática (PCRA). O Plano traz instrumentos estratégicos para planejar ações preventivas e medidas de adaptação em escala intraurbana, abrangendo bairros, núcleos e favelas nas periferias urbanas, sob o olhar dos que convivem e sofrem as consequências. Têm por objetivo principal reduzir as vulnerabilidades das comunidades, por meio da identificação e análise dos riscos presentes no território periférico e estimular maior resiliência frente às ameaças, sempre com protagonismo das próprias comunidades.

Em cooperação firmada com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Secretaria Nacional de Periferias trabalha com a implementação, monitoramento e gestão dos PCRAs. Desde 2024, segundo o órgão, foram implementados 12 Planos Comunitários, realizados em parceria com universidades, municípios, estados e movimentos sociais. A iniciativa abrange todas as regiões do país, com um investimento de mais de R$ 2 milhões. Durante os trabalhos do Grupo de Redução de Riscos de Desastres dos BRICS, em maio deste ano, foi lançado o guia “Planos Comunitários de Redução de Riscos e Adaptação Climática”. Produzida pela Secretaria, a publicação pode ser consultada aqui.

(Janaína Simões, com informações da Secretaria Nacional de Periferias)

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